sábado, 18 de abril de 2009

Revolta

Aniquilemos
Todos os opressores,
Todos os vendedores
De banha-da-cobra,
Todos os retóricos,
Todos os sofistas.

Recusemos
O parecer-ser,
A vulgaridade instituída,
Pelo consumismo exacerbado,
A identidade imposta,
Que nos devora as entranhas.

Soltemos
Todas as máscaras,
En-cobertas,
Todos os visos,
De-formados
Pela glória das estátuas amputadas,
Pelo sopro sórdido
Das vozes maledicentes.

Criemos
Um Mundo novo,
Uma outra escala de valores,
Sem freios totalitários,
Sem sombras escusas,
Sem opacos véus.

Pairemos
Sobre as Estrelas,
Fontes das essências,
Camufladas pela trivialidade
Das vivências des-norteadas,
Das mentes bi-céfalas.

Alimentemos
O Pensamento do Ser,
Fundamento do des-abrochar
De todas as coisas,
Nascente musical,
De todos sons eternos.

Isabel Rosete