Quantos são os mistérios da escrita
No seio da imensidão
Do nosso universo linguístico…
As pausas
Os silêncios…
Sempre as palavras
Que nos comovem
Ou nos fazem explodir…
Sentimos o enigma do mundo
Na sua dis-persão e re-união…
Uma inquietante estranheza inicial
Coloca-nos na face dos mistérios
Insondáveis
Da Natureza
E do Homem…
Ficamos atónitos
O silêncio regressa
Apesar de toda a prosologia…
Iniciamos a próxima viagem
Em todo o nosso peregrinar
Tão genuíno como o canto dos pássaros…
A todo o instante
Fazem escutar
Os seus hinos de celebração da Terra
Que sempre acolhe os nossos passos
Tão pesados quanto a massa do Mundo…
Caminhamos para uma nova era
E nunca sabemos
Para onde correm os rios…
Os rios do “obscuro” de Éfeso
Que nos doou essa maravilhosa metáfora
Da sucessiva transformação
De todas as coisas…
Sempre outras…
Sempre outras…
Sempre as mesmas…
Sempre as mesmas…
Num eterno retorno
Marcado pelos traços
Da esmagadora infinitude…
Isabel Rosete
27/02/2007
25/01/08