segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Não sossegas
Oh, minha alma
Na paixão dos des-encontros!

Vagueias pelo corpo luminoso
Do teu amante,
Que não está.
Palpitas,
Arritmadamente,
No seio do teu coração
Tão ansioso!

IR
É tudo tão estranho
No Amor!
Tão incompreensível
Tão indecifrável!

Por vezes,
Chovem lágrimas
De paixão exacerbada,
Sem freios de qualquer espécie!

Por vezes,
O Universo está nos amantes.
Os seus corpos enrolam-se
E desenrolam-se
Por entre a chuva intensa,
Que não pára mais!

Por vezes,
Chovem lágrimas de amargura!

Por vezes,
O coração fica despedaçado,
A alma retalhada
A mente em turbilhão
Intelectual contínuo, sem dó!

Por vezes,
O corpo
Amortecido e inquieto!

E a chuva não pára mais!

IR

domingo, 12 de dezembro de 2010

Talvez viva um mundo que não existe,

Talvez viva um mundo que é só meu

Numa solidão imensa que me atrofia,

Por dentro, no mais íntimo de mim.

IR, 13/12/2010