Se o Mundo se extinguisse num só dia,
Quantos remorsos acalentaríamos,
Quantas mágoas surgiriam,
Quantas dores se re- erguiriam?
Somos a exemplificação
Do pecado e da virtude,
O espelho,
Vivo,
De todas as desgraças
E de todas as venturas.
Cada um,
A seu modo,
É a sombra especular do seu mundo,
Que é o mundo de todos os outros.
Isabel Rosete
O meu pensamento dita e as minhas mãos escrevem-no na transparência de cada palavra, na lucidez minuciosa de cada sílaba, na singela pureza de cada vogal, na sinceridade de cada consoante. Isabel Rosete
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Este mundo empoeirado,
Quadrado,
Obtuso,
Esmaga-me o Espírito.
O que temeis
Perversas gentes?
A verdade que vos arruína
A alma encoberta?
A mentira
Com que profanais
Os espaços sagrados?
A hipocrisia,
Agora,
Des-velada?
A cobardia
Persegue-vos.
A menoridade,
Das vossas mentes dementes,
Atrofiadas,
Claustrofóbicas,
Cultivada em terreno
Nem sempre infértil,
Atormenta-vos,
Até ao derradeiro momento
Da vossa existência,
Até ao dia juízo final.
Mesmo assim,
Não tendes remorsos?
Mesmo assim,
A consciência não vos pesa?
Claro que não!
Porque já não tendes consciência,
Porque já não sabeis o que são os remorsos.
Isabel Rosete
Quadrado,
Obtuso,
Esmaga-me o Espírito.
O que temeis
Perversas gentes?
A verdade que vos arruína
A alma encoberta?
A mentira
Com que profanais
Os espaços sagrados?
A hipocrisia,
Agora,
Des-velada?
A cobardia
Persegue-vos.
A menoridade,
Das vossas mentes dementes,
Atrofiadas,
Claustrofóbicas,
Cultivada em terreno
Nem sempre infértil,
Atormenta-vos,
Até ao derradeiro momento
Da vossa existência,
Até ao dia juízo final.
Mesmo assim,
Não tendes remorsos?
Mesmo assim,
A consciência não vos pesa?
Claro que não!
Porque já não tendes consciência,
Porque já não sabeis o que são os remorsos.
Isabel Rosete
A Paz está podre!
E o mundo abre-se-nos
Na escuridão infinita
De um pálido sorriso
Em marés de desassombro.
As gotas da chuva delicada
Que a Terra regam e fortificam,
O sal do mar salgado
De doce amparo,
Tornam-se uma benção.
Do Céu,
Ainda nos chega
A escassa luz
Que nos alumia.
Mas, o Sol não brilha mais,
Nesse amarelo reluzente
Que, outrora, espalhava todo o seu esplendor.
Isabel Rosete
E o mundo abre-se-nos
Na escuridão infinita
De um pálido sorriso
Em marés de desassombro.
As gotas da chuva delicada
Que a Terra regam e fortificam,
O sal do mar salgado
De doce amparo,
Tornam-se uma benção.
Do Céu,
Ainda nos chega
A escassa luz
Que nos alumia.
Mas, o Sol não brilha mais,
Nesse amarelo reluzente
Que, outrora, espalhava todo o seu esplendor.
Isabel Rosete
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