sábado, 20 de novembro de 2010

Que todos os degenerados intelectuais

Se enforquem com as suas próprias cordas,

Ardam no fogo dos Infernos

E aí permaneçam, para sempre,

Calados, amordaçados, cegos e surdos...

Que nunca sejam perdoados,

Nem por Deus, Nem pelo Diabo.

IR
Os olhos quadrados, míopes e estrábicos,

Proliferam por este mundo da anarquia intelectual

E do des-atino axiológico.



A Razão não é mais distribuída

De igual forma por todos os homens,

À beira da falência da Humanidade

Que não mais os habita!



O que esperamos desta Humanidade

Assim transviada?



O que esperamos deste Mundo cruel,

Indigno para os seres-puros?



O que esperamos da ausência de senso

Dos que, pressupostamente,

Comandam as nossas Vidas?



Esperança! Mas, que Esperança?

A da mudança do caos para a ordem?



Instalado o Caos, como ordem,

Apenas nos resta permanecermos

No vislumbre de qualquer expectativa,

Quiçá, possível?

IR

MENTES PÁLIDAS, IR

Há um Espírito errante que nos percorre,

Que cobre as nossas faces desprotegidas,

Que invade a nossa morada

Nunca a salvo de qualquer perigo.



Por entre a seiva da Vida

Corre o esgoto

Das mentes pálidas,

A podridão do horror,

O enfado do tédio,

A escuridão, cega e surda,

Das franjas deixadas ela inveja.



Despimo-nos do tédio,

Enfrentamos as multidões, dispersas,

Invisíveis aos olhos maledicentes

Das bocas preservas.

Agouros pronunciam,

Em nome do desespero egoísta

Que lhes corrói as entranhas.

IR

VAZIO DO INTELECTO, IR

Os livros que não li

Povoam a minha Alma,

Em noites de solidão,

Onde a dor de pensar

Se manifesta com veemência.


De que falarão?


Vejo os índices.

Os temas surgem,

Em catadupa, cada um um,

À sua maneira,

Com o seu interesse muito particular.



Tudo quero ler,

Num instante,

Como se o tempo passasse



E nada pudesse permanecer

Guardado na minha memória.



Se não os leio,

Como preencherei

O resto do vazio do meu intelecto

Sempre

Insatisfeiro?



Ali estão

Os livros que não li

À minha espera nas estantes

Da minha bilbioteca,

De todas as bibliotectas

Vistas, conjecturadas…!



Apelam-me!

Mas são tantos, ainda!

IR

TEXTURA INESQUECÍVEL, IR

Celebremos as noites de Lua cheia,

Tão claras e translúcidas,

Todos os equinócios,

Todos os solstícios,

As dádivas do Engenho

Dos deuses ou dos Homens,

As glórias merecidas,

As batalhas vencidas,

Nos campos, onde a morte,

Não regresse mais.



Celebremos o Aberto, o cantar

E o ante-cantar,

Serenamente protegidos

Pela aura invisível dos Anjos,

Belos e terríveis.

De asas pomposas

Se dirigem

Ao misterioso topos da génese Universal,

Ao espaço intra-estelar

Dos céus comovidos.



Vivamos no mundo dos Anjos,

Mensageiros, profetas,

Escutas das consciências,

Em silêncio, atormentadas,

Amparados, protegidos,

Pelas suas asas alvas

Que a Felicidade despontam

No seio das trevas do Mundo.



Amemos as flores

De todas as formas,

De todas as cores,

De todos os cheiros...

A ternura das suas aveludadas pétalas

De doces texturas, inesquecíveis,

De um indelével e suave tecido.



Louvemos todos os lugares astrais

De luzes incandescentes,

No brilho redondo

Da infinitude do Universo;

O som distante

Das órbitas planetárias,

A informe forma

Das nuvens brancas,

O fundo gravitacional

Que tudo abriga.

IR

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Rita Francisco disse...


Adorei a sua palestra. Consegui ver (e acho que todos conseguimos) que é uma forte mulher e que "não tem papas da lingua". pelo menos para mim, é um exemplo a seguir.

Gostaria que se tivesse tempo, fosse ao meu blog e lêsse pelo menos o "Ama-me (:"; o "make up smeared eyes" e o "Para lá do depois" e comentasse dando a sua opinião. obrigada e continue com essa força.
Caros amigos,


É com muita satisfação que vos convido para as comemorações do "Dia Internacional da Filosofia"/10ª sessão de apresentação do meu livro "Vozes do Pensamento" - "Da Filosofia e da Poesia no Feminino", 19/11/2010, 14.30h, Escola Secundária José Falcão, Miranda do Corvo.

A vossa presença e participação é fundamental!

Saudações poético-filosóficas,

IR