domingo, 30 de março de 2014

Para Vergílio Ferreira, por IR (semi-heterónimo de Isabel Rosete)



Passo pela noite das
Rosáceas da tua face
Que o Sol deixou impressas.

Não há nuvens, nem Estrelas.
Apenas o Céu azul claro
Que se confunde com os teus olhos.

Dou-te a mão para que pegues
Na minha Alma, que está tão só,
Abandonada a si mesma, sem o teu Amor.

Preciso do teu colo, onde as minhas dores
Se esgotam, porque, no teu colo, já não doem,
Porque, no teu colo, deixaram de ser minhas.

Só te peço que me afagues o rosto
Para que a solidão não volte mais
A acompanhar-me como um estado constante.

Liberta-me, para sempre, em todos
Os meus pedaços de ser tua
Na mesmidade do meu Eu.

Isabel Rosete
Amo a pureza
De cada ente Nu,
No despertar da Humanidade
Que suspira o Virgem,
O Fértil e o Imaculado.

Amo o desflorar
Da Criação,
Em todos os seus estados de Graça,
Em todos os suspiros
Dos corações inspirados,
Pelas vozes do silêncio,
Despertados.

IR