"TREVAS
DA IGNORÂNCIA", por Isabel Rosete
"Mais um dia de Sol resplandece
Por entre as límpidas águas
- Deste mar onde lavo as minhas mãos,
Que agora escrevem no alvor da Criação -
Tão puras, tão instáveis, tão revoltosas...
Tão movediças e inquietantes quanto o próprio
Homem.
Ah, mas..., já não há Sol a iluminar as
mentes tenebrosas
Há muito minadas pelas trevas da Ignorância,
Esse estado próprio do pensamento vazio!
Ah, mas..., já não há Sol a entrar pelas
vidraças
Húmidas e tristes das casas cinzentas
Votadas ao abandono pela (des)habitação do
Humano!
Ah, mas..., já não há Sol a acalentar os
corações jazidos
Pelo ódio ainda não arrefecido,
Pela vingança irreflectida dos espíritos
acobardados!"