"PÁGINAS
EM BRANCO", por Isabel Rosete
«Escrevo naquelas páginas deixadas em branco
No meu bloco de notas
- Quase gasto -
Aquando desse teu silêncio insuportável
Que me sufoca o pensamento,
Que me torna a imaginação débil
E as minhas mãos estremecidas
- Quase inaptas.
Escrevo naquelas páginas deixadas em branco
No papel pardo pela ausência do teu amor
- Quase desfeito -
Aquando da lembrança da doçura daquele teu
beijo
Sempre esperado no meu colo quente,
- Quase desfeito.
De repente, chegas, no teu silêncio aprazível.
Tudo se preenche nesse mesmo instante.
Adormeço, serena, com a minha cabeça pousada
No
teu ombro forte, amparo dos meus sonhos
- Quase
perfeitos."