sábado, 16 de julho de 2011

Não quero viver no Inferno das noites fogueadas,

Na solidão das gentes emaranhadas

Nas teias de tantos outros, de rosto deformado,

Nos espaços atópicos de cada pensamento,

Nos espaços indefinidos dos pensamentos ignóbeis.



Não quero a luz opaca dos olhares indiscretos,

Maledicentes e intolerantes,

O brilho negro dos falsos sorrisos,

A demagogia retórica das palavras imundas,

O cheiro nauseabundo dos corpos em putrefacção.


Isabel Rosete
O Mundo está apodrecido.

Rejeito-o completamente.

Recuso-me a compactuar

Com a Hipocrisia,

Com as falsas verossimilhanças,

Com as vãs ironias,

Com as inglórias inteligências

Dessas mentes foragidas

Que nada vêm.

São inúteis.

Completamente inúteis.

Perpetuam, apenas, um saber fantasiado,

Com longos rasgos de ignorância extrema.


Isabel Rosete