sábado, 25 de setembro de 2010

MANIFESTO CONTRA A COBARDIA E A HIPOCRISIA


Para o enobrecimento dos Espíritos PUROS
Por: Isabel Rosete

Não sei mais amar o próximo como a mim mesma!

A futilidade é claustrofóbica e insuportável.
A mesquinhez é indigna e insolente.
A insensatez é medonha, terrível.
A ausência de espírito crítico, abominável.
A ignorância, a grande podridão das Almas.
E a (dita) … Normalidade?

Ah, a Normalidade, a grande farsa
Dos Cobardes e dos Hipócritas,
Desses que blasfemam, no mais sórdido silêncio,
Encobertos por opacos véus negros!

Ah, a Normalidade, a grande impostura do politicamente correcto
Dos que escondem o rosto próprio – que rosto próprio já não têm –
E todas as suas faces dissimuladas, mais ou menos latentes,
Mais ou menos manifestas pelo filtro da peneira social indigente –
Por medo, por desvario, por insciência,
Por fingimento, por sonsice... – simplesmente, porque convém –
Pelo temor das vozes dos outros, dos incipientes
Dizeres das bocas imundas – cheias de pecado e agonia –
Que não apoiam qualquer nobre e corajoso acto
De presentificação do ser si-mesmo, por si mesmo,
Que menosprezam – vã gloriadas – e aniquilam a Identidade!

Malditos! Malditos! Malditos! Mil vezes malditos! Sempre Malditos!
Eternamente vos amaldiçoo, sem pesar, Cobardes e Hipócritas,
Que impõem o Social apenas para proveito próprio, num acto
De egoísmo visceralmente brutal.
O fogo do Inferno – em grandes e ardentes chamas – vos desejo,
Com todas as forças que ainda me restam, com todas as forças que
Tenho e não tenho …até ao meu último fôlego sentido!

Odeio-vos, vermes secos e vazios, lombrigas sujas em forma
De toupeiras encardidas, ratazanas pestilentas, apenas, com a ponta
Do rabo de fora, vós, Cobardes e Hipócritas, com um suposto rosto
De gente, que até os animais (mais) selvagens desprezam
Como carne putrefacta – a que, afinal, vos reduzis – que nem os abutres
Ousam Devorar, apesar de famintos!

Tenho nojo, repulsa figadal, de vós, asquerosos Cobardes e Hipócritas,
Nem em aparência respeitáveis! Sois pura figuração, meros pedaços
Difundidos – de espírito e de matéria ocos e nauseabundos –
Do ignóbil Nada que vos consome!

Sois, malditos Cobardes e Hipócritas,
A praga que a Medicina ainda não aniquilou!
Sois, malditos Cobardes e Hipócritas,
Uma espécie exaquerável de qualquer coisa insignificante,
Sem nome, sem designação própria no computo
Do autenticamente humano!

Podres, decompostos, estão os vossos corpos e as vossas almas!
Mas…, que corpos? Mas…, que almas?
Alma – esse Nobre sopro de pura Vida e Existência – não tendes! Nem corpo digno,
Nem matéria-prima, nem forma sustentável… nem nada que possamos
Identificar com alguma coisa de luminoso ou de glorioso…
De grandioso…que se possa descrever ou mencionar,
Com propriedade plausível e razoável!

Sois, Cobardes e Hipócritas, de tal modo in-identificáveis
No vosso parecer-ser – o Ser já não vos habita tão miserável
Ou desgraçado, que todos os adjectivos depreciativos se esgotam em
Todas as línguas, em todas as linguagens, em todos os dialectos…
Para vos classificar em sentido próprio!

Porque não morreis de uma vez só, Cobardes e Hipócritas,
Se sois a verdadeira e pura escumalha, a negra mancha do petróleo
Poluente que tudo contamina, a visão do Inferno e das trevas da
Escassa dignidade que ainda nos resta, a nós, os que existimos
De viso des-coberto, Aberto, na Transparência do claro e do distinto,
No “visto claramente visto”…, albergados nos múltiplos e extensos espaços
Da autenticidade do Ser e do Estar, que vós, atopos, não conheceis mais?

Excluo-vos, indigentes Cobardes e Hipócritas, sanguessugas mordazes,
Do meu pequeno-grande Mundo Mais-que-perfeito, com toda a humildade.

Se quiserem, se ousarem querer, alguma vez que seja,
Pelo menos uma vez, quiçá por entre alguns eventuais parcos
Momento de uma acidental lucidez remota que ainda possa vir
A surgir nos vossos enfermos espíritos quadrados e encurralados…
Digam que sou Arrogante. Vá, chamem-me Arrogante!
Vá, digam-no, afirmem-no, convictamente, se sois capazes!
Mas digam-no em Voz Bem Alta miseráveis Cobardes e Hipócrates!

Eu, apenas afirmo, assertoricamente:
TRANSPARÊNCIA e TOLERÂNCIA, meus queridos!
TRANSPARÊNCIA e TOLERÂNCIA, repito, e volto a repetir
Quantas vezes forem necessárias, agora e sempre… para sempre…
Neste e em todos os meus manifestos contra a COBARDIA e a HIPOCRISIA,
Em nome da assumpção plena da IDENTIDADE e da DIFERENÇA
Jamais camufladas ou ludibriadas!

É tão-só a TRANSPARÊNCIA e a TOLERÂNCIA
Que me corre nas veias de sangue quente, vivo e voraz!
É tão-só a TRANSPARÊNCIA e a TOLERÂNCIA
Que move as minhas sinapses neuronais,
Em permanente estado de alerta!
É tão-só a TRANSPARÊNCIA e a TOLERÂNCIA
Que alimenta a minha Alma, ávida da VERDADE!
E tão-só a TRANSPARÊNCIA e a TOLERÂNCIA
Que me fustiga o Espírito, invariavelmente, CRÍTICO!

O que quereis mais, gente medonha e estúpida?

Se não tendes mais nada para dizer, se não sois mais
Capazes de engolir, a frio, a vossa Cobardia e Hipocrisia,
CALAI-VOS, PARA SEMPRE!

Isabel Rosete
22/09/2010

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

domingo, 19 de setembro de 2010

Nos passeios de Deus
- Claros e translúcidos –
Vi Anjos velozes e vorazes
Sentados em Estrelas saltitantes.

Nos passeios de Deus
- Misteriosos e desconhecidos
Vi todas as faces da Lua
As opacas e as transparentes.


Nos passeios de Deus
- Íngremes e ocultos -
Vi o remorso nos olhos dos Homens
Dissimulados e desfalecidos.

Nos passeios de Deus
- Em harmonia e esperança -
Vi a alegria das crianças, brincando,
Na inocência de um Paraíso ainda não perdido.

Isabel Rosete
Ílhavo, 04/01/2009
Estou farta, literalmente farta,
Das instituições forjadas por compadrio,
Dos convénios adulterados pelos mentores
Da suposta serenidade e solidariedade social que
Convém manter patente sob a mais camuflada
Das mentiras, mesmo que
Na presença da sua indigência, mesmo que
Na presença do seu lamentável infortúnio,
Apenas visível para poucos, escassos,
Espíritos ainda não moribundos.


Será que não percebeis que isso do SOCIAL
É uma mera fraude, uma farsa intencionalmente
Estabelecida em nome do que convém ser
Estereotipado, apenas por alguns, para consumo
Inconsciente ou silenciosamente consciente
De todos os outros, bodes expiatórios de todas
As farsas do suposto Direito, da suposta Justiça?

CONSUMO. Essa é a palavra que dita
Os contornos das mentes distraídas,
Psiquicamente manipuladas pela propaganda
Insolente e desavergonhada dos visos
Repletos pela ignomínia trucidante
Dos espíritos ego-centricizados num ponto qualquer
Deste Universo da demagogia exaquerável.

O SOCIAL? Ah, o SOCIAL assim moldado, hipocritamente,
Nas franjas largas da corrupção e do desvario
De um poder sem escrúpulos de qualquer espécie!

O SOCIAL, este SOCIAL... que se exploda
A partir do podre interior de si próprio
Que o mina e nos contamina.

Este SOCIAL é o estar das mentes quadradas
De ideias ocas nos vértices encalhadas por dogmas
Surrealistas sem reversibilidade possível.

Abomináveis ditadores deste SOCIAL
Que NINGUÉM sois – Morram, morram já,
De uma só vez e para sempre.

Isabel Rosete
Ílhavo, 04/01/2008
Ah a singeleza do simples
Que enobrece a minha Alma
Sedenta do Puro, do Maior,
Do Primordial, do Princípio,
Do Começo do Começo, onde,
Um dia, tudo brotou na sua
Nudez originária, no desassombro
Daquela luz tão límpida, agora apagada
Pelas raízes negras das trevas do Mundo!
Porém, não se foi, de todo.
Corre-me no sangue, percorre-me todo o corpo,
Essa necessidade absoluta do primogénito,
Da inquietante estranheza inicial
Encarcerada, depois do Paraíso, na cápsula do
Social que olvidou, por mera conveniência estratégica,
Essa dimensão tão genuína, onde, apesar tudo,
O convencionalismo não encontrou, não encontrará,
Jamais, o seu lugar.
Há sempre a aura das essências não corrompidas
Que resta, mesmo que escondida num lugar incógnito,
Com o seu escudo, só para alguns, penetrável.

Isabel Rosete
Ílhavo, 04/01/2008