O mar…
Espelho dos horizontes,
Ao longe avistados,
Pelos espíritos inquietos.
O hipnótico canto das sereias,
As almas extasiadas
Pelo sopro dos sons ébrios.
A transparência das gotas espargidas
Pelos corpos nus,
Leves e puros.
Os corações perdidos
No fogo do amor,
Sempre renascido.
O devir das águas,
As areias esparsas
Das paixões enfraquecidas.
Isabel Rosete
14/07/08
O meu pensamento dita e as minhas mãos escrevem-no na transparência de cada palavra, na lucidez minuciosa de cada sílaba, na singela pureza de cada vogal, na sinceridade de cada consoante. Isabel Rosete
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Pensar o mar em marés de desassombro
Ao som do canto das gaivotas que passam
Anunciando tempestades violentas.
Os amantes suspiram,
Por entre os ventos do Norte.
No mar derramam o seu choro
De sal e alento.
Não há choro que o mar não acolha
Quando os corpos ardentes
Se lançam nas águas resplandecentes.
Isabel Rosete
14/07/08
Ao som do canto das gaivotas que passam
Anunciando tempestades violentas.
Os amantes suspiram,
Por entre os ventos do Norte.
No mar derramam o seu choro
De sal e alento.
Não há choro que o mar não acolha
Quando os corpos ardentes
Se lançam nas águas resplandecentes.
Isabel Rosete
14/07/08
Caminhamos
Pelas areias desertas,
Mas não sabemos onde está o Mundo.
Transpiramos
Por todos os poros,
E não expulsamos as aflições da Vida.
Removemos
Um passado penoso,
Que sempre nos consome o espírito.
Esperamos
A felicidade,
Numa marcha penosa e lenta.
Sonhamos
Com um futuro radioso,
Sem as manchas do infortúnio.
Repelimos
Os gritos desesperados
Dos Povos enclausurados,
E a liberdade não conquistamos.
Lutamos
Em des-união
Pela paz perpétua,
Mas a guerra não aniquilamos.
Isabel Rosete
12/03/08
Pelas areias desertas,
Mas não sabemos onde está o Mundo.
Transpiramos
Por todos os poros,
E não expulsamos as aflições da Vida.
Removemos
Um passado penoso,
Que sempre nos consome o espírito.
Esperamos
A felicidade,
Numa marcha penosa e lenta.
Sonhamos
Com um futuro radioso,
Sem as manchas do infortúnio.
Repelimos
Os gritos desesperados
Dos Povos enclausurados,
E a liberdade não conquistamos.
Lutamos
Em des-união
Pela paz perpétua,
Mas a guerra não aniquilamos.
Isabel Rosete
12/03/08
Advém o turbilhão dos sentidos,
Dos desejos e dos quereres,
Dos seres e dos estares,
Inquietantes,
Alarmantes,
Libinidalmente difundidos.
Uma ansiedade,
Desmedida,
Percorre a minha alma.
Um desassossego,
Insuportável,
Remove-me as vísceras.
O alvoroço,
Perpetua-se.
A impulsividade,
Eterniza-se.
O sobressalto,
Aniquila-me.
Des-constroem-se,
Todos os pedaços de mim.
Sobrevivem, apenas, fragmentos,
Parcelas,
Indistintas,
Em pleno estado de com-bustão.
Subsistem,
Peças soltas,
Espalhadas,
Em des-ordem,
Em com-fusão,
Em dis-persão…
Isabel Rosete
25/01/08
Dos desejos e dos quereres,
Dos seres e dos estares,
Inquietantes,
Alarmantes,
Libinidalmente difundidos.
Uma ansiedade,
Desmedida,
Percorre a minha alma.
Um desassossego,
Insuportável,
Remove-me as vísceras.
O alvoroço,
Perpetua-se.
A impulsividade,
Eterniza-se.
O sobressalto,
Aniquila-me.
Des-constroem-se,
Todos os pedaços de mim.
Sobrevivem, apenas, fragmentos,
Parcelas,
Indistintas,
Em pleno estado de com-bustão.
Subsistem,
Peças soltas,
Espalhadas,
Em des-ordem,
Em com-fusão,
Em dis-persão…
Isabel Rosete
25/01/08
A solidão
Percorre as almas desertas,
Esgota a esperança
De outro renascer.
Anuncia a morte
De um ser renovado,
Corrói as entranhas da Vida,
Até ao limiar de Morte.
Desperta o vazio da Existência,
Em torno da sua efemeridade,
Consolida a massa compacta
Dos espíritos amortecidos.
Dissipa a luz
De um novo horizonte,
Definha cada ser
No seu pedaço de nada.
Isabel Rosete
03/03/08
Percorre as almas desertas,
Esgota a esperança
De outro renascer.
Anuncia a morte
De um ser renovado,
Corrói as entranhas da Vida,
Até ao limiar de Morte.
Desperta o vazio da Existência,
Em torno da sua efemeridade,
Consolida a massa compacta
Dos espíritos amortecidos.
Dissipa a luz
De um novo horizonte,
Definha cada ser
No seu pedaço de nada.
Isabel Rosete
03/03/08
Uma paixão ardente me consome,
Mina todo o meu ser,
No mais recôndito de si.
Trespassa a minha alma,
Com agudos espinhos.
Uma fina dor eleva-se,
Mexe e remexe
As minhas entranhas.
Estremeço…,
Quando ouço a tua voz,
Meu amor.
Todo o meu corpo vibra,
Na proximidade da tua presença.
Sinto-me em mim.
És um sopro de vida,
Alimentas todo o meu ser,
Sugas todas as minhas energias.
Fico débil.
Permaneço na loucura
De uma hipersensibilidade indescritível,
Incontrolável,
Desesperadamente avassaladora,
Desconcertante,
Desordenada…
E, aqui estou, irremediavelmente só…
Isabel Rosete
25/01/08
Mina todo o meu ser,
No mais recôndito de si.
Trespassa a minha alma,
Com agudos espinhos.
Uma fina dor eleva-se,
Mexe e remexe
As minhas entranhas.
Estremeço…,
Quando ouço a tua voz,
Meu amor.
Todo o meu corpo vibra,
Na proximidade da tua presença.
Sinto-me em mim.
És um sopro de vida,
Alimentas todo o meu ser,
Sugas todas as minhas energias.
Fico débil.
Permaneço na loucura
De uma hipersensibilidade indescritível,
Incontrolável,
Desesperadamente avassaladora,
Desconcertante,
Desordenada…
E, aqui estou, irremediavelmente só…
Isabel Rosete
25/01/08
Tudo morre,
Tudo nasce,
Tudo se transforma.
Nada permanece…!
Nada permanece…!
A perpétua mudança
Impera,
Num equilíbrio inextinguível.
O Ser está aí,
Estável,
Em cada alvorecer,
Em cada des-floração.
Oculta-se,
Em todas as coisas,
Des-vela-se,
Em todos os entes,
Aparece
E desaparece,
Num círculo redondo.
Isabel Rosete
06/08/07
Tudo nasce,
Tudo se transforma.
Nada permanece…!
Nada permanece…!
A perpétua mudança
Impera,
Num equilíbrio inextinguível.
O Ser está aí,
Estável,
Em cada alvorecer,
Em cada des-floração.
Oculta-se,
Em todas as coisas,
Des-vela-se,
Em todos os entes,
Aparece
E desaparece,
Num círculo redondo.
Isabel Rosete
06/08/07
Singelos e leves
Nos movemos
No espaço interplanetário
De todos os amores,
De todas as paixões,
Não nutridas,
Pela reciprocidade dos sentires.
Paixões brutais
Consomem,
Aniquilam
Os espíritos em des-união.
Paixões selváticas
Alimentam o amor e o ódio,
Tão próximos
E tão distantes.
Paixões bravias
Vulcanizam
Os pedaços dos pares
Em ininterrupto turbilhão.
Isabel Rosete
16/01/08
Nos movemos
No espaço interplanetário
De todos os amores,
De todas as paixões,
Não nutridas,
Pela reciprocidade dos sentires.
Paixões brutais
Consomem,
Aniquilam
Os espíritos em des-união.
Paixões selváticas
Alimentam o amor e o ódio,
Tão próximos
E tão distantes.
Paixões bravias
Vulcanizam
Os pedaços dos pares
Em ininterrupto turbilhão.
Isabel Rosete
16/01/08
Semeámos o ódio.
Colhemos
A irracionalidade.
Plantámos a guerra.
Recolhemos
A miséria.
Desbravámos a Terra.
Instaurámos
A degeneração.
Minámos os solos.
Disseminámos
A infertilidade.
Consumimos os ares.
Recebemos
O degelo.
Amámos a cólera.
Destruímos
O Mundo.
Ludibriámos a Vida.
Permanecemos
Na Morte…
Isabel Rosete
07/02/08
Colhemos
A irracionalidade.
Plantámos a guerra.
Recolhemos
A miséria.
Desbravámos a Terra.
Instaurámos
A degeneração.
Minámos os solos.
Disseminámos
A infertilidade.
Consumimos os ares.
Recebemos
O degelo.
Amámos a cólera.
Destruímos
O Mundo.
Ludibriámos a Vida.
Permanecemos
Na Morte…
Isabel Rosete
07/02/08
Sei o que sou,
Mas não me vejo…
Apenas escuto
A voz da minha consciência,
Nem sempre atormentada…
Paro,
Perante mim própria.
Não tenho espelho,
Não sou Narciso…
Sou…,
Simplesmente,
Sou…,
Eu mesma
E o meu Ego.
Não me perguntem nada.
Sigo,
Apenas,
Por onde os meus passos me levam.
O resto?
O resto
É intromissão em espaço alheio…
Isabel Rosete
02/09/07
Mas não me vejo…
Apenas escuto
A voz da minha consciência,
Nem sempre atormentada…
Paro,
Perante mim própria.
Não tenho espelho,
Não sou Narciso…
Sou…,
Simplesmente,
Sou…,
Eu mesma
E o meu Ego.
Não me perguntem nada.
Sigo,
Apenas,
Por onde os meus passos me levam.
O resto?
O resto
É intromissão em espaço alheio…
Isabel Rosete
02/09/07
Respiro o desejo libidinal
De um intenso querer.
Inspiro o prazer ansiado,
Desejado
Que me desassossega.
Na minha alma
Penetra
Vulnerável vidro,
Disposto a quebrar
Em mil pedaços,
Espalhados
No chão,
Dispersos,
Por todos os lugares
Lançados,
Soltos,
Sem ordem,
Sem ligação,
Nem relação possível.
A amargura
Instale-se no meu peito
Por esse outro que não vem.
Está aí
Mas, não aqui.
Paira no meu pensamento,
Consome-me visceralmente,
Deixa-me só.
Isabel Rosete
25/09/07
De um intenso querer.
Inspiro o prazer ansiado,
Desejado
Que me desassossega.
Na minha alma
Penetra
Vulnerável vidro,
Disposto a quebrar
Em mil pedaços,
Espalhados
No chão,
Dispersos,
Por todos os lugares
Lançados,
Soltos,
Sem ordem,
Sem ligação,
Nem relação possível.
A amargura
Instale-se no meu peito
Por esse outro que não vem.
Está aí
Mas, não aqui.
Paira no meu pensamento,
Consome-me visceralmente,
Deixa-me só.
Isabel Rosete
25/09/07
Por amor se mata
Por amor se morre.
Por amor se odeia
Por amor se deseja.
Por amor se unem os corpos
Por amor se aniquilam.
Por amor se iluminam as almas
Por amor se despedaçam.
Por amor percorremos montes e vales
Por amor destruímos montanhas.
Por amor o mundo se une
Por amor se fragmenta.
Isabel Rosete
03/03/08
Por amor se morre.
Por amor se odeia
Por amor se deseja.
Por amor se unem os corpos
Por amor se aniquilam.
Por amor se iluminam as almas
Por amor se despedaçam.
Por amor percorremos montes e vales
Por amor destruímos montanhas.
Por amor o mundo se une
Por amor se fragmenta.
Isabel Rosete
03/03/08
O Tempo I
Definitivamente
Somos viandantes
Passageiros de múltiplas paragens
Sem lugar certo ou determinado.
Vagueamos
Sem Pátria
Sem Destino
Rumo a qualquer lugar.
Erramos pelas franjas do tempo
E do espaço
Sem habitação
Sem morada…
Somos metamorfoses ambulantes
De espaços de inflamação
Pedaços de um tempo finitamente infinito
Redondo
Em des-comunhão.
Isabel Rosete
19/01/2001
Definitivamente
Somos viandantes
Passageiros de múltiplas paragens
Sem lugar certo ou determinado.
Vagueamos
Sem Pátria
Sem Destino
Rumo a qualquer lugar.
Erramos pelas franjas do tempo
E do espaço
Sem habitação
Sem morada…
Somos metamorfoses ambulantes
De espaços de inflamação
Pedaços de um tempo finitamente infinito
Redondo
Em des-comunhão.
Isabel Rosete
19/01/2001
O Tempo II
Vivemos a vã aspiração
De controlar esse naco de nós
Pela minuciosa máquina do Tempo
Que o nosso pulso suporta.
O relógio está aí
Voltado
Sempre voltado
Para os nossos olhos.
Para os olhos de todos os outros
Expectantes
Ávidos
Ansiosos…
Por um tempo vindouro
Onde qualquer ideal
Possa ser consumado
Ad eternum.
Que ilusão
Somos nós
Homens
Criaturas temporais de rosto encoberto!
Entes de palpites inconstantes
Conscientes e inconscientes
No pulsar de um Mundo
Que nunca adormece.
Buliçoso
E turbulento
Gira sobre nós próprios
Em raios de luz e escuridão.
Move-nos
Dentro e fora das nossas órbitas
Nem sempre concêntricas…
Conduz-nos
Para o topos debilitado da nossa condição
De estritos seres de passagem…
Em digressão
No subterfúgio incógnito
Da nossa com-fusão.
Isabel Rosete
19/01/2001
Vivemos a vã aspiração
De controlar esse naco de nós
Pela minuciosa máquina do Tempo
Que o nosso pulso suporta.
O relógio está aí
Voltado
Sempre voltado
Para os nossos olhos.
Para os olhos de todos os outros
Expectantes
Ávidos
Ansiosos…
Por um tempo vindouro
Onde qualquer ideal
Possa ser consumado
Ad eternum.
Que ilusão
Somos nós
Homens
Criaturas temporais de rosto encoberto!
Entes de palpites inconstantes
Conscientes e inconscientes
No pulsar de um Mundo
Que nunca adormece.
Buliçoso
E turbulento
Gira sobre nós próprios
Em raios de luz e escuridão.
Move-nos
Dentro e fora das nossas órbitas
Nem sempre concêntricas…
Conduz-nos
Para o topos debilitado da nossa condição
De estritos seres de passagem…
Em digressão
No subterfúgio incógnito
Da nossa com-fusão.
Isabel Rosete
19/01/2001
Caminhamos pelas areias desertas,
Mas não sabemos onde está o Mundo.
Transpiramos por todos os poros,
E não expulsamos as aflições da Vida.
Removemos um passado penoso,
Que sempre nos consome o espírito.
Esperamos a felicidade,
Numa marcha penosa e lenta.
Sonhamos com um futuro radioso,
Sem as manchas do infortúnio.
Repelimos os gritos desesperados
Dos Povos enclausurados,
E a liberdade não conquistamos.
Lutamos em des-comunhão
Pela paz perpétua,
Mas a guerra não aplacamos.
Isabel Rosete
12/03/08
Mas não sabemos onde está o Mundo.
Transpiramos por todos os poros,
E não expulsamos as aflições da Vida.
Removemos um passado penoso,
Que sempre nos consome o espírito.
Esperamos a felicidade,
Numa marcha penosa e lenta.
Sonhamos com um futuro radioso,
Sem as manchas do infortúnio.
Repelimos os gritos desesperados
Dos Povos enclausurados,
E a liberdade não conquistamos.
Lutamos em des-comunhão
Pela paz perpétua,
Mas a guerra não aplacamos.
Isabel Rosete
12/03/08
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