O meu pensamento dita e as minhas mãos escrevem-no na transparência de cada palavra, na lucidez minuciosa de cada sílaba, na singela pureza de cada vogal, na sinceridade de cada consoante. Isabel Rosete
quarta-feira, 7 de abril de 2010
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Primavera (s)
Cruzam-se os olhares,
Na paz perpétua
De um saudoso beijo.
Não há mais revolta.
Paira a serenidade,
A tranquilidade intranquila
De todos os desejos.
Tudo se move,
No seu ritmo certo,
Absolutamente certo.
O desfiladeiro,
Não apavora mais
Os olhares inquietos.
O mar,
Enrola-se na areia,
Ao som do canto das sereias.
Na paz dos Anjos,
Se acalentam as tempestades,
Fatigadas,
Do seu peregrinar.
Os segredos
Da vida e da morte,
Já não se ocultam mais.
Os corações despertos,
Estão aí,
Preparados para todos os re-começos.
Eleva-se,
A singela nudez
Dos corpos em comunhão,
A pura leveza
Dos olhares,
Que já não são pálidos,
O riso das crianças,
De olhos claros,
Que a alegria espalham
Por todos os lugares.
A Paz
Torna-se visível,
Perceptível,
Até para os vistos míopes.
O Amor permanece,
No seu devido lugar,
Mesmo que incerto.
A Felicidade regressa,
A todas as almas,
Outrora despedaçadas.
Cantamos,
Sem dor,
Todas as dores.
E o sofrimento torna-se leve.
Isabel Rosete
Cruzam-se os olhares,
Na paz perpétua
De um saudoso beijo.
Não há mais revolta.
Paira a serenidade,
A tranquilidade intranquila
De todos os desejos.
Tudo se move,
No seu ritmo certo,
Absolutamente certo.
O desfiladeiro,
Não apavora mais
Os olhares inquietos.
O mar,
Enrola-se na areia,
Ao som do canto das sereias.
Na paz dos Anjos,
Se acalentam as tempestades,
Fatigadas,
Do seu peregrinar.
Os segredos
Da vida e da morte,
Já não se ocultam mais.
Os corações despertos,
Estão aí,
Preparados para todos os re-começos.
Eleva-se,
A singela nudez
Dos corpos em comunhão,
A pura leveza
Dos olhares,
Que já não são pálidos,
O riso das crianças,
De olhos claros,
Que a alegria espalham
Por todos os lugares.
A Paz
Torna-se visível,
Perceptível,
Até para os vistos míopes.
O Amor permanece,
No seu devido lugar,
Mesmo que incerto.
A Felicidade regressa,
A todas as almas,
Outrora despedaçadas.
Cantamos,
Sem dor,
Todas as dores.
E o sofrimento torna-se leve.
Isabel Rosete
domingo, 4 de abril de 2010
Se a minha Alma falasse
Não se entenderia com a linguagem dos Homens,
Cegos e surdos,
Em veredas (des)amparados.
Pedaços de mim lançam-se por esse Mundo incógnito,
Soltos,
Completamente soltos
Como se o puzzle a que um dia pertenceram
Se tivesse desfeito, para sempre,
Na anarquia caótica dessas gentes que escondem
Os sorrisos de gratidão,
As lágrimas de felicidade,
Os aplausos, a um só ritmo,
Que não soam mais nos timbres da harmonia
Dos tambores da Paz e da Justiça
Que, outrora, me consolavam a Alma,
Viandante,
Que parte e fica num mesmo lugar,
Num outro e mesmo lugar qualquer,
Algures perdido na imensidão do Universo.
Ah, se encontrasse, um dia, esse meu topos,
Esse lugar natural que me foi destinado,
Esse espaço só do Tempo e só do Espaço,
Apenas para mim guardo,
Só para mim colhido e não para mais ninguém!
Mas a podridão dos sentires putrefactos
Sempre se eleva,
Sempre fala mais alto
Pelas aquelas vozes ignóbeis
Da maledicência propositada.
Isabel Rosete
Não se entenderia com a linguagem dos Homens,
Cegos e surdos,
Em veredas (des)amparados.
Pedaços de mim lançam-se por esse Mundo incógnito,
Soltos,
Completamente soltos
Como se o puzzle a que um dia pertenceram
Se tivesse desfeito, para sempre,
Na anarquia caótica dessas gentes que escondem
Os sorrisos de gratidão,
As lágrimas de felicidade,
Os aplausos, a um só ritmo,
Que não soam mais nos timbres da harmonia
Dos tambores da Paz e da Justiça
Que, outrora, me consolavam a Alma,
Viandante,
Que parte e fica num mesmo lugar,
Num outro e mesmo lugar qualquer,
Algures perdido na imensidão do Universo.
Ah, se encontrasse, um dia, esse meu topos,
Esse lugar natural que me foi destinado,
Esse espaço só do Tempo e só do Espaço,
Apenas para mim guardo,
Só para mim colhido e não para mais ninguém!
Mas a podridão dos sentires putrefactos
Sempre se eleva,
Sempre fala mais alto
Pelas aquelas vozes ignóbeis
Da maledicência propositada.
Isabel Rosete
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