sábado, 8 de janeiro de 2011

Amo o Sol,
Tudo o que brilha,
Numa intensa e vã agonia.

As palavras soltam-se
Da minha boca,
Como dardos certeiros,
Por entre os raios que ainda brilham.

Aos homens se dirigem,
Visam o seu rosto,
Suspenso e de-composto,
Na face dos grandes mistérios do Mundo,

Nos terrores da Guerra,
Nos visos,
Sanguinários e denegridos,
De todos os opressores,

Nos medos das gentes acabrunhadas,
Maltratadas,
Em nome de um tal dito progresso,
Nas trevas,
Um dia lançado.

IR

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O que esperais
Depois do Amor?
A frustração de uma paixão
Não-resolvida,
Ainda não-consumada?

O desespero
Inaudível
Da morte do Amor?

O silenciar da Alma
Que diz o não-dito,
O que ficou por dizer
Por entre o suor, o riso
E as lágrimas?

Questões e mais questões
Atormentam os amantes,
Inquietos,
Em eterno sobressalto!

IR, 20/12/2008
Os teus doces beijos,
Meu Amor,
Enaltecem a minha alma
Que por eles sempre anseia
E chora.
São o seu sustento vigoroso,
A fonte da sua paz eterna.

Beija-me, sempre, meu Amor,
Ardentemente,
No calor
Do teu colo erecto de pura sensualidade,
Que me afaga e aconchega,
Numa espécie de serenidade perpétua.

Sem os teus beijos,
Meu Amor,
Sufoco na solidão
De um estar cada vez mais só
E o vazio da minha existência assoma.

Beija-me, sempre,
Meu Amor,
Como se cada beijo
Fosse o último,
O derradeiro do nosso estar
Tão inconstante.

IR, 7/4/2008