"TREVAS
DA IGNORÂNCIA", por Isabel Rosete
"Mais um dia de Sol resplandece
Por entre as límpidas águas
- Deste mar onde lavo as minhas mãos,
Que agora escrevem no alvor da Criação -
Tão puras, tão instáveis, tão revoltosas...
Tão movediças e inquietantes quanto o próprio
Homem.
Ah, mas..., já não há Sol a iluminar as
mentes tenebrosas
Há muito minadas pelas trevas da Ignorância,
Esse estado próprio do pensamento vazio!
Ah, mas..., já não há Sol a entrar pelas
vidraças
Húmidas e tristes das casas cinzentas
Votadas ao abandono pela (des)habitação do
Humano!
Ah, mas..., já não há Sol a acalentar os
corações jazidos
Pelo ódio ainda não arrefecido,
Pela vingança irreflectida dos espíritos
acobardados!"
3 comentários:
Ah, mas... adorei a sua poesia, Isabel!
Um trilho muito bem definido para levar o leitor à última linha.
Parabéns!
Já não há sol, mas temos que varrer estas nuvens teimosas que não nos largam...
Magnífico poema. Gostei imenso.
Um beijo, Isabel Rosete.
O Poema está lá...Quase escondido, como que não-revelado. Cheio de mensagem...quase, que sub-expressa, por detrás de algo. Expressa uma realidade-verdade: ao ser humano o Sol, o raio de LUZ, como que se nega ao humano...Será que o humano, merecerá, esse SOL, SOL-LUZ?...
Este Poema faz meditar! O ser humano está lá..., lá longe numa quase escuridão, Saberá se está?...Onde está?
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