O meu pensamento dita e as minhas mãos escrevem-no na transparência de cada palavra, na lucidez minuciosa de cada sílaba, na singela pureza de cada vogal, na sinceridade de cada consoante. Isabel Rosete
quinta-feira, 14 de junho de 2007
Amar é o Desespero de um Coração Carente
Amar…
É o desespero
De um coração carente
À procura da outra metade
Que o complete…
Somos incapazes
De nos completar…
Precisamos sempre de um outro
De qualquer outro
Que procuramos em nós…
Essa terrível e eterna
Dependência do outro
Que não conseguimos
Encontrar em nós …
Que desgraça
A do coração humano
Sempre em falta…
Irremediavelmente só
Despedaçado
Desesperado…
Lamenta
Lamenta-se…
Exclama
Proclama…
Não sabe estar só
Dialogar consigo…
Encontra
No seu âmago
O vazio
Do seu próprio preenchimento…
Amar…
É coisa dos homens
Entes solitários
Incapazes de percepcionar
A solidão como outra forma de amar…
E isso não basta
A estas criaturas errantes?
Não
Não basta…
Nada basta…
Há sempre um mais
Um depois
Que aflora…
Em todos os pensamentos
Translúcidos…
Recônditos
Inconscientes….
Isabel Rosete
09/05/07
15/01/08
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