quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Pensar o mar em marés de desassombro
Ao som do canto das gaivotas que passam
Anunciando tempestades violentas.

Os amantes suspiram,
Por entre os ventos do Norte.
No mar derramam o seu choro
De sal e alento.

Não há choro que o mar não acolha
Quando os corpos ardentes
Se lançam nas águas resplandecentes.

Isabel Rosete
14/07/08
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4 comentários:

baraocampos@gmail.com disse...

Palavras soltas ao vento Norte, lágrimas contidas em silêncios disformes...
Há no mar a infinitude finita das ilusões... Navegá-lo com o olhar desaguando sonhos e tormentos...
Tenho saudades do tempo em que acreditava que os oceanos eram infinitos...

Carlos Gonçalves disse...

Isabel, passei por aqui, para conhecer-te um pouco melhor, através das tuas palavras, das tuas poesias...
Não é necessário dizer-te, fiquei encantado, e ainda vi pouco, esta última poesia é linda! A natureza,o mar, são fascínios da minha vida, e tu pintas um belo retrato, pintas sentimentos nestas ... 'marés de desassombro e corpos ardentes'.

Beijo, Isabel.

Carlos

Manel disse...

«Não há choro que o mar não acolha...». Sublime!

Isabel Rosete disse...

Grata por me lerem e comentarem.