Procuro a inocência e a beleza
Em cada alvorecer
Em cada olhar…
Em cada gesto
Em cada expressão
Por mais simples
E singela que seja…
Procuro a paz
Em cada ente
Que cruza
O meu caminho…
Tão errante
Como o das
Aves migratórias…
Encontro o meu Eu
Permaneço em estado de graça…
A tranquilidade assoma
O Mundo
Avança
Em perpétua mudança…
Escuto o canto dos pássaros
Tão virgem
Como o da Terra imaculada
Que a minha alma sossega…
Procuro o Infinito
Contemplo as estrelas
Que tudo iluminam
Até os meus passos
Em calçadas escorregadias…
Desperdiço o afecto dos outros
Centro-me em mim
Nas minhas paixões
Vividas e por viver…
Desponta a ânsia do futuro
Do devir
De um tempo outro…
Tudo corre em infinitas direcções
Num tempo e num espaço
Que me escapam
Mesmo que os viva
Intensamente…
Procuro o Universo em mim
O Mundo não me basta…
É demasiado pequeno
Para comportar os meus infinitos desejos…
Uma espécie de megalomania universal
Percorre todo o meu ser…
Prenhe de pensamentos
De ideias
Claras e distintas…
Movem-se num campo
Aberto
Sem fronteiras
Sem limites
Sem obstáculos…
Sou livre
O Universo espera-me…
Celebro o reencontro derradeiro
Com o Uno primordial…
Isabel Rosete
31/05/ 20007
26/01/00
1 comentário:
Vejo o quanto do Heidegger... gostei de seu blog. Espero podermos discutir assuntos mais tarde. Todos à pro-cura do originário...
Um abraço!
Fábio
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