Primavera (s)
Cruzam-se os olhares
Na paz perpétua
De um saudoso beijo
Não há mais revolta
Paira a serenidade.
Tudo se move
No seu ritmo certo
O desfiladeiro
Não apavora mais
Os olhares inquietos.
O mar
Enrola-se na areia
Ao som do canto das sereias
Na paz dos Anjos
Se acalentam as tempestades
Fatigadas do seu peregrinar.
Os segredos
Da vida e da morte
Já não se ocultam mais
Os corações despertos
Estão aí
Para todos os re-começos.
Eleva-se a singela nudez
Dos corpos em comunhão
A pura leveza
Dos olhares
Que já não são pálidos
O riso das crianças
De olhos claros
Que a alegria espalham
Por todos os lugares.
A Paz
Torna-se visível
O Amor permanece
No seu devido lugar
Mesmo que incerto.
Cantamos a Primavera
Sem mácula
A Felicidade regressa
A todas as almas
Outrora despedaçadas.
Isabel Rosete
12/03/08
Sem comentários:
Enviar um comentário