terça-feira, 1 de abril de 2008

Revolta

Aniquilemos
Todos os opressores,
Todos os vendedores
De “banha da cobra”,
Todos os retóricos,
Todos os sofistas.

Pairemos
Nas estrelas,
Proclamadoras das essências
Camufladas pela trivialidade
Das vivências desnorteadas,
Das mentes bicéfalas.

Recusemos
O parecer-ser,
A vulgaridade instituída
Pelo consumismo exacerbado,
Que nos devora as vísceras.

Alimentemos
O pensamento do Ser,
Fundamento do desabrochar
De tudo o que é,
Na sua identidade Iluminatória.

Soltemos
Todas as máscaras encobertas,
Todos os visos deformados,
Pela glória das estátuas amputadas,
Pelo sopro sórdido
Das vozes maledicentes.

Criemos
Um Mundo novo,
Uma outra escala de valores,
Onde a essência do humano
Se reconheça
Sem véus,
Sem obscuridade,
Sem freios.

Isabel Rosete
07/02/08
05/03/02

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