sábado, 11 de abril de 2009

A Solidão
Percorre as almas desertas,
E,
Sorve a Esperança
De um outro re-nascer,
Sempre re-novado.
Extingue a fantasia,
E,
O sonho de outras idades.

Anuncia a morte
De um ser re-vigorado.
Corrói as entranhas da Vida,
Até ao liminar da Morte,
E,
Da Eternidade.

Desperta o vazio da Ex-istência,
Em torno da sua efemeridade.
Consolida a massa compacta
Dos espíritos amortecidos,
E,
Des-animados.

Dissipa a luz
De um novo horizonte,
E,
Definha cada ser,
No seu pedaço de Nada.

Isabel Rosete

1 comentário:

Nehashim disse...

A dual solidão..
Se nuns desperta o medo, noutros revela o tesouro.
Sempre fugimos de nós próprios, mas é sempre no silêncio que nos encontramos, é somente a sós que nos encontramos, porquê termos medo de nós mesmos? não possuímos nós um universo interior por descobrir?