A Solidão
Percorre as almas desertas,
E,
Sorve a Esperança
De um outro re-nascer,
Sempre re-novado.
Extingue a fantasia,
E,
O sonho de outras idades.
Anuncia a morte
De um ser re-vigorado.
Corrói as entranhas da Vida,
Até ao liminar da Morte,
E,
Da Eternidade.
Desperta o vazio da Ex-istência,
Em torno da sua efemeridade.
Consolida a massa compacta
Dos espíritos amortecidos,
E,
Des-animados.
Dissipa a luz
De um novo horizonte,
E,
Definha cada ser,
No seu pedaço de Nada.
Isabel Rosete
1 comentário:
A dual solidão..
Se nuns desperta o medo, noutros revela o tesouro.
Sempre fugimos de nós próprios, mas é sempre no silêncio que nos encontramos, é somente a sós que nos encontramos, porquê termos medo de nós mesmos? não possuímos nós um universo interior por descobrir?
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