terça-feira, 8 de junho de 2010

Nos duelos com o teu corpo

Encho a minha alma
De sangue virgem,
A jorrar pelo meu peito.

Toda a força orgásmica
Corre-me nas veias.

Amo-te até à exaustão
Do sentir;
Amo-te para além
Dos limites do dizível;
Amo-te até ao último
Impulso audível.

Os duelos
Sempre continuam,
Cada vez
Mais intensos,
Porque a força do Amor nos move
Em todos os caminhos
Que se bifurcam.

Não quero parar de me debater
Com o teu corpo, único,
Com a tua alma, tão singular,
Que me extasia as moléculas,
De imediato,
Em estado de com-bustão.

Assim te amo
Na ponta da espada, sem bainha,
Sempre pronta a atravessar
Todas as tuas células,
Em inflamação;

Assim te amo
Nos cortes e recortes do teu corpo,
Delgado e nu
De emoção.

Isabel Rosete
08/06/2010

1 comentário:

antónio veríssimo disse...

Continuas cada vez mais no ponto. A escrita em ti... desabrocha e segue no caminho do sonho, na estrada da paisagem que nos anima.