domingo, 5 de setembro de 2010

Pensar num mundo que não é meu?

Para quê?

Interrogações existenciais corem
                                 Em cadeia
Por este meu espírito em constante devir.


Não sossega perante nada,
                   Nem ninguém,
Nem mesmo quando os olhos se fecham
E procuro dormir.

Sempre observador,
Nada lhe escapa.

Tudo o move ao permanente estado
De questionação, de dúvida
- por vezes céptica, por vezes metódica –
De crítica e de meditação.

Nunca se acomoda.
Este meu pensamento
Vive em rebeldia perene.

Nunca está satisfeito,
Nunca entra em estado de serenidade,
Mesmo que a paz nele assome,
Durante escassos instantes.

Não pára!
Não pára!

Não se acomoda!
Não se acomoda!

Vê sempre um “porquê” por encontrar
Na transparência opaca das coisas,
Desde as mais simples e singelas,
Até às mais complexas,
Conflituosas ou dilemáticas.


Isabel Rosete

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