No espaço concêntrico do puro fluir
Dos corpos, caminhamos nos rastos
Da Memória, nos rastos dos trilhos
Sem idade por entre os longos atalhos
Dos bosques desconhecidos, onde nos
Perdemos do destino do cosmos.
O Tempo descongela-se.
A idade já não tem idade.
Tudo se presentifica ad eternum
Num infinito recife de recordações
Ainda por desvelar.
A Memória do Tempo é o próprio Tempo
Na sua Eternidade, pela reconstrução dos
Fragmentos outrora avulsos, pela unificação
Dos segmentos do Ser que ficaram por
Conectar, pela re-colecção dos des-contextos,
Em aparência, des-contextualizados.
IR, 12/08/2010
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