sexta-feira, 22 de julho de 2011

Pensar um mundo que não é meu?

Porquê? Para quê?


Interrogações existenciais corem,

Em cadeia, por este meu espírito

Em constante fluir.


Não sossega perante nada,

Nem ninguém,

Nem mesmo quando os olhos

Se semi-cerram,

Obrigando-o a adormecer.


Sempre observador, nada lhe escapa.

Tudo o move ao permanente estado de Questionação, de Dúvida –

Por vezes, céptica, por vezes, metódica –,

De crítica, de meditação quase ininterrupta.


Nunca se acomoda, este meu pensamento.

Vive em rebeldia perene.

Jamais está satisfeito,

Nunca entra em estado de serenidade,

Mesmo que a quietude nele assome,

Durante escassos instantes.


Não pára!

Não pára!

Não se acomoda!

Não se acomoda!


Vê sempre um “porquê”

Na transparência das coisas opacas,

Desde as mais simples e singelas

Até às mais complexas,

Conflituosas ou dilemáticas.

IR

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