Um dia de Sol resplandece
Por entre as águas cristalinas
Tão puras, tão imortais,
Tão ancestrais quanto o próprio Homem.
Mas, não há Sol
Que ilumine as mentes escuras
Travadas pelas trevas da Ignorância!
Mas, não há Sol
Que entre pelas vidraças,
Húmidas e tristes,
Das casas cinzentas
Votadas ao abandono
Pela (des)habitação do Humano!
Mas, não há Sol
Que acalente os corações jazidos
Pelo ódio ainda não arrefecido,
Pela vingança irreflectida
Dos espíritos acobardados!
Isabel Rosete
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