Os pratos da balança já não se equilibram mais!
Já não sabemos onde mora a Justiça!
A medida certa acabou!
Esgotou-se nas hipérboles
Dos inglórios feitos humanos.
A incerteza, a dúvida, o paradoxo
São o paradeiro do nosso caminhar incerto
Em terreno irremediavelmente movediço,
Ao mesmo tempo que estanque
E repleto de obstáculos inultrapassáveis.
Sempre nos prendem as pernas
Quando os nossos passos são longos!
Sempre nos prendem os passos
Quando as nossas pernas caminham
Em direcção aos lugares nunca antes cogitados!
Ah, que ilusão, a dos Homens,
Sempre que lançam na Terra e nos Mares
As malhas apertadas das suas próprias redes
Como (supostos) senhores, dominadores do Universo
Físico e humano, onde residem e escassamente habitam!
O Mundo está aí e permanece imutável,
Na sua essência, apesar de todas as investidas
Desta Humanidade minoritária que luta
Pelas suas mais nobres causas, sempre solitária;
Que acompanha, em desacordo, o furor das multidões
Em revolta, contra o imposto pelas leis da Natureza,
Que não mais salvaguarda ou protege.
Ai, esta Humanidade que, um dia,
Alimentou a vã ilusão do Tudo manipular,
De ser a gestora de um Universo que,
Amiúde, gosta de se esconder
Na sua mutabilidade camaliónica!
Isabel Rosete
Já não sabemos onde mora a Justiça!
A medida certa acabou!
Esgotou-se nas hipérboles
Dos inglórios feitos humanos.
A incerteza, a dúvida, o paradoxo
São o paradeiro do nosso caminhar incerto
Em terreno irremediavelmente movediço,
Ao mesmo tempo que estanque
E repleto de obstáculos inultrapassáveis.
Sempre nos prendem as pernas
Quando os nossos passos são longos!
Sempre nos prendem os passos
Quando as nossas pernas caminham
Em direcção aos lugares nunca antes cogitados!
Ah, que ilusão, a dos Homens,
Sempre que lançam na Terra e nos Mares
As malhas apertadas das suas próprias redes
Como (supostos) senhores, dominadores do Universo
Físico e humano, onde residem e escassamente habitam!
O Mundo está aí e permanece imutável,
Na sua essência, apesar de todas as investidas
Desta Humanidade minoritária que luta
Pelas suas mais nobres causas, sempre solitária;
Que acompanha, em desacordo, o furor das multidões
Em revolta, contra o imposto pelas leis da Natureza,
Que não mais salvaguarda ou protege.
Ai, esta Humanidade que, um dia,
Alimentou a vã ilusão do Tudo manipular,
De ser a gestora de um Universo que,
Amiúde, gosta de se esconder
Na sua mutabilidade camaliónica!
Isabel Rosete
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