"Passo pelas ruas e não vejo as gentes.
Escuto apenas os seus pensamentos
- Ora de alegria, ora de medo
Ora de felicidade, ora de tédio -
Como um Anjo invisivelmente presente
Nas orelhas o mundo.
Por vezes, os pensamentos
Cruzam-se e interpelam-se
Nas teias intra-mundanas
Do espaço cósmico universal;
Por outras, correm em digressão
- Ora em sintonia, ora em des-fazamento
Ora em serenidade, ora em agonia –
Nas mentes aceleradas das cidades em
combustão.
Aí estais gentes dis-persas,
Sós, em aparência des-apartadas,
Des-agregadas entre vós
E de todos os outros que também
Sóis vós na sua natural
Identidade e diferença específicas."
Sem comentários:
Enviar um comentário