Celebremos as noites de Lua cheia,
Tão claras e translúcidas,
Todos os equinócios,
Todos os solstícios,
As dádivas do Engenho
Dos deuses ou dos Homens,
As glórias merecidas,
As batalhas vencidas,
Nos campos, onde a morte,
Não regresse mais.
Celebremos o Aberto, o cantar
E o ante-cantar,
Serenamente protegidos
Pela aura invisível dos Anjos,
Belos e terríveis.
De asas pomposas
Se dirigem
Ao misterioso topos da génese Universal,
Ao espaço intra-estelar
Dos céus comovidos.
Vivamos no mundo dos Anjos,
Mensageiros, profetas,
Escutas das consciências,
Em silêncio, atormentadas,
Amparados, protegidos,
Pelas suas asas alvas
Que a Felicidade despontam
No seio das trevas do Mundo.
Amemos as flores
De todas as formas,
De todas as cores,
De todos os cheiros...
A ternura das suas aveludadas pétalas
De doces texturas, inesquecíveis,
De um indelével e suave tecido.
Louvemos todos os lugares astrais
De luzes incandescentes,
No brilho redondo
Da infinitude do Universo;
O som distante
Das órbitas planetárias,
A informe forma
Das nuvens brancas,
O fundo gravitacional
Que tudo abriga.
IR
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