segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Escrevo sempre o meu pensamento

Se volta para o interior de si próprio,

Sempre que nele se espelha o Mundo,

Sempre que nele se relfecte a Natureza,

A Humanidade, nos seus confins e afins,

Em trajectórias imensas que percorrem

Todos os ciclos deste Universo infinito.



Absorvo o Tudo, o Nada e o Vazio, o Acaso,

O Ocaso... que se dá sublimadamente,

O Destino, que se mostra e esconde,

Num mesmo instante existencial irrepetível.



Nada pode ser ocultado. Não há omissões

Possíveis neste espaço de transparência

Absoluta, onde reina a Verdade e não

Mais a verossimilhança.



Todos os detalhes, mais ou menos recônditos,

São naturalmente cruciais, até mesmo

Os aparentemente mais fúteis,

Porque o Todo, que sempre nos move a ambição

Desmedida do Pensamento, só é visível

Por entre as suas ínfimas e ilimitadas partes;

Porque a Alma dos Tempos, passados e

Vindouros, só re-luz, quando imersa

No seu cheio redondo.


IR, 19/03/2009

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