Escrevo sempre o meu pensamento
Se volta para o interior de si próprio,
Sempre que nele se espelha o Mundo,
Sempre que nele se relfecte a Natureza,
A Humanidade, nos seus confins e afins,
Em trajectórias imensas que percorrem
Todos os ciclos deste Universo infinito.
Absorvo o Tudo, o Nada e o Vazio, o Acaso,
O Ocaso... que se dá sublimadamente,
O Destino, que se mostra e esconde,
Num mesmo instante existencial irrepetível.
Nada pode ser ocultado. Não há omissões
Possíveis neste espaço de transparência
Absoluta, onde reina a Verdade e não
Mais a verossimilhança.
Todos os detalhes, mais ou menos recônditos,
São naturalmente cruciais, até mesmo
Os aparentemente mais fúteis,
Porque o Todo, que sempre nos move a ambição
Desmedida do Pensamento, só é visível
Por entre as suas ínfimas e ilimitadas partes;
Porque a Alma dos Tempos, passados e
Vindouros, só re-luz, quando imersa
No seu cheio redondo.
IR, 19/03/2009
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