sábado, 9 de abril de 2011


Repouso no meu quarto no silêncio
Da ausência da tua voz. Porque já
Não me falas? Não te vejo! Onde te escondes?
O mistério levou-te? Quem está agora nessa face
Oculta de todas as coisas?
Também já não te sinto. E o teu cheiro esvaiu-se.
Estás tão longe na proximidade de mim!
Já não alcanço a transparência azul do teu olhar.
A tua boca tornou-se insípida. És um corpo morto?
Uma cortina opaca? Um vazio inodoro de daltonismo?
Já não sei se és! Já não sei se estás!

IR, 09/02/2011



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