quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Escrevo sempre que o meu pensamento

Se volta para o interior de si próprio,

Sempre que nele se espelha o Mundo,

Sempre que nele se relfecte a Natureza,

A Humanidade, nos seus confins e afins,

Em trajectórias imensas que percorrem

Todos os ciclos do Universo.

Absorvo o Tudo, o Nada e o Vazio, o Acaso,

O Ocaso... Que se dá sublimadamente,

O Destino, que se mostra e esconde,

Num mesmo instante existencial irrepetível.


Nada pode ser ocultado.

Não há omissões possíveis

Neste espaço de transparência absoluta

Onde reina a Verdade

E não mais a verosimilhança.


Todos os detalhes, mais ou menos recônditos,

São naturalmente cruciais,

Até mesmo os aparentemente mais fúteis,

Porque o Todo que sempre move a ambição

Desmedida do Pensamento só é visível

Por entre as suas ínfimas e ilimitadas partes;

Porque a Alma dos Tempos,

Passados e Vindouros,

Só re-luz quando imersa no seu cheio redondo.

IR, Ílhavo, 19/03/2009

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