Sol que brilhas e iluminas a minha alma,
Aqueces o meu corpo gélido.
Como te amo na tua natural formosura!
És perfeito, Astro dos Astros,
Imensamente grandioso.
Por favor, não te extingas!
Por favor, não me abandones também!
O que faria da minha vida sem a tua luz,
Na carência do teu calor?
A tua majestade, aí, altivo
- nem ao meu alcance, nem ao de mais ninguém –
Enobrece-me a mente,
Que, pouco a pouco, se torna clara.
Libertam-se as Ideias, ó Sol,
Tão brilhantes como tu,
Reflexos translúcidos nas águas onde te derramas,
Espelhos infinitos de Dédalo(s) intra-mundanos
Espraiadas nessas águas frias,
Nessas águas peregrinas agitadas
Que nos conduzem á confluência de todos os Mares.
Aí, os espelhos intersectam-se
E a visão dos Mundos possíveis é enorme.
Agora tudo se mostra na sua frente e no seu verso.
Já não há véus! Já não há sombras!
Apenas a Verdade em todas as suas representações,
Des-veladamente diáfanas.
Espera! Não te vás, ainda, ó Sol da Vida!
Preciso de continuar a contemplar-te
Para manter a minha respiração fluída;
Preciso da tua presença
Para que as minhas mãos continuem a escrever;
Preciso da tua companhia
Para disfarçar este meu estar só.
Espera! Não te vás, ainda, ó Sol da Vida!
Isabel Rosete (inédito)
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