terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Para Martin Heidegger


Expressões silentes,

Sobranceiras,

Marcadas por um misto

De espanto

E de inquietação;

Olhos que fitam o infinito

Diante da imensidão

Dos caminhos do campo

Ainda longe das mãos

Destruidoras

Dos Homens sem Razão;

Expressões carregadas

De solidão

Face à desertificação da Terra

Que sempre lança

O seu (des)esperado grito de alerta;

Pés que pisam o chão campónio

Como uma bênção,

Enquanto a serena musicalidade atmosférica

Invade um espírito expectante

Que o Ser sempre escuta.


Ai estás, oh Filósofo!

IR
(Inédito)

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