Processo da escrita
As ideias ocorrem, escorrem...
No caudal dos rios da Língua
Que as suporta e transmite;
Espalham-se, difundem-se
Num aberto continuado
No bloco de notas que sempre as acolhe;
Surgem num ápice eufórico!
Têm de ser ditas e registadas
Para que a serenidade volte
Ao meu pensamento desassossegado.
Escrevo-as sem que as precipite.
As palavras revelam-se, impõem-se
Sempre em cadeia ininterrupta
- como a água das fontes derramada sem cessar -
Sem que as des-oculte, nunca,
Na imediatez dos sentidos.
Escrevo!
Simplesmente escrevo
O que o meu pensamento me dita
Num ritmo vertiginoso, quase alucinatório,
Que as minhas mãos nem sempre acompanham.
Mãos instrumento dizer!
Assim digo o Mundo no seu ser e no seu estar,
Mutante e perene, num raio apaixonante,
Que o papel, antes vazio, reflecte e ilumina;
Assim caminho no balanço incerto das vogais
E das consoantes, que nunca me traem,
Que clareiam o meu dizer na transparência
Da Linguagem, a “Casa do Ser”.
IR
As ideias ocorrem, escorrem...
No caudal dos rios da Língua
Que as suporta e transmite;
Espalham-se, difundem-se
Num aberto continuado
No bloco de notas que sempre as acolhe;
Surgem num ápice eufórico!
Têm de ser ditas e registadas
Para que a serenidade volte
Ao meu pensamento desassossegado.
Escrevo-as sem que as precipite.
As palavras revelam-se, impõem-se
Sempre em cadeia ininterrupta
- como a água das fontes derramada sem cessar -
Sem que as des-oculte, nunca,
Na imediatez dos sentidos.
Escrevo!
Simplesmente escrevo
O que o meu pensamento me dita
Num ritmo vertiginoso, quase alucinatório,
Que as minhas mãos nem sempre acompanham.
Mãos instrumento dizer!
Assim digo o Mundo no seu ser e no seu estar,
Mutante e perene, num raio apaixonante,
Que o papel, antes vazio, reflecte e ilumina;
Assim caminho no balanço incerto das vogais
E das consoantes, que nunca me traem,
Que clareiam o meu dizer na transparência
Da Linguagem, a “Casa do Ser”.
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