Processo de escrita
As ideias ocorrem, escorrem.
Espalham-se num aberto continuado.
Surgem num ápice eufórico.
Escrevo-as sem que as precipite.
As palavras revelam-se, impõem-se-me
Sempre em cadeia ininterrupta
Sem que as des-oculte propositadamente
Na imediatez do raciocínio que se eleva.
Escrevo. Simplesmente escrevo
O que o meu pensamento me dita
Num ritmo vertiginoso, quase alucinatório,
Que as minhas mãos nem sempre acompanham facilmente.
Assim digo o Mundo no seu ser e no seu estar
Mutante e perene, num raio apaixonante,
Que a folha de papel em branco ilumina.
Assim caminho no balanço das vogais
E das consoantes que nunca me traem,
Que clareiam o meu dizer na transparência
Da Linguagem que é a “Casa do Ser”.
Isabel Rosete
As ideias ocorrem, escorrem.
Espalham-se num aberto continuado.
Surgem num ápice eufórico.
Escrevo-as sem que as precipite.
As palavras revelam-se, impõem-se-me
Sempre em cadeia ininterrupta
Sem que as des-oculte propositadamente
Na imediatez do raciocínio que se eleva.
Escrevo. Simplesmente escrevo
O que o meu pensamento me dita
Num ritmo vertiginoso, quase alucinatório,
Que as minhas mãos nem sempre acompanham facilmente.
Assim digo o Mundo no seu ser e no seu estar
Mutante e perene, num raio apaixonante,
Que a folha de papel em branco ilumina.
Assim caminho no balanço das vogais
E das consoantes que nunca me traem,
Que clareiam o meu dizer na transparência
Da Linguagem que é a “Casa do Ser”.
Isabel Rosete
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