terça-feira, 23 de julho de 2013



Um beijo desliza sobre a montanha rochosa,
Qual corpo de um homem rude sem alma refinada.
As árvores já não florescem!
O sangue já não circula!
As flores estão mortas!
Os braços do homem rude cruzam-se
E não se despegam do seu corpo!
Estão estáticos! Apenas estáticos!

Os pássaros fugiram para o vale mais próximo
Junto aos riachos de águas claras,
Onde os corpos (não mutilados) saltitam de Nenúfar em Nenúfar.
O Sol volta a ser amarelo e reluz na limpidez do horizonte
Sem as manchas cinza das montanhas rochosas.
Límpidas são também as almas das criaturas deste vale
   [de fresca vegetação
Onde brincam os infantes pulando como os sapos
Ao apanharem os girinos, fugidios amantes da sua liberdade.

Não há solidão!
As coisas da Natureza amparam-se entre si
No leito aberto ao constante re-nascer de todo as cores.

O luar surge!
A noite tarda em chegar!

Isabel Rosete

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