terça-feira, 4 de setembro de 2007

Não Posso Pensar...

Não posso pensar
No rosto dos homens
Sem ver o interior
Do seu rosto…

Cada expressão
Cada acto…

Cada gesto
É um sinal
Visível…

Da fragmentação
Do sobressalto…

Da agonia
Do prazer
Comoção…

Tudo se passa
Como se alguma
Faltasse ao viso humano…

Um sorriso
Por vezes
Doce
Por vezes
Pardacento…

A Alma humana
Destituiu-se de si….

Paira
Na bruma
Das tardes cinzentas
Sem paz…

Percorre
Os infinitos caminhos do Mundo…

Procura o Paraíso
Em todos os corpos outros
Sem saber
Qual a sua linhagem…

Ofusca-se
Com os raios do Sol
Vagueia
Pelas ondas do mar
Tumultuoso…
Parceiro dos ventos do Norte
Que consigo
Tudo arrastam…

Isabel Rosete
06/07/07
26/01/08

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