Alma
Sopro da Vida
Não cabes mais
Dentro dos teus limites
Transcendes-te
Rumo ao encontro
De todos os desencontros
Ao impossível
De todos os possíveis…
Evades-te
Nas dunas brancas
Das praias desertas
Respiras
Pura
A virgindade da Natureza
Escutas
Em silêncio
Os sons primordiais
Das profundezas
Do mar
Salgado
Ora verde
Ora azul
Ora vermelho
Manchado
Pelo sangue dos corpos
Derramados
Quantas batalhas
Quantas guerras
Nas águas cristalinas
Foram sepultadas…
Alma
Co-afim com o mar
Em revolta
Te moves
Em calmaria
Descobres
A eterna beleza
Das coisas simples
Aí estás
No correr
Das águas
Ao turbilhão do mundo
Nem sempre escapas…
Isabel Rosete
06/07/07
26/01/08
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