domingo, 7 de dezembro de 2008

O meu pensamento viaja,
Prenhe de fertilidade.

Vagueia,
Por todos os espaços,
Ainda não visitados.

Escuta,
Todos os sons,
Ainda não admirados.

Cheira,
Todos os odres,
Ainda não apurados.

Vê,
Todos os rostos,
Ainda não des-ocultados.

Tacteia,
Todos os estares,
Ainda não apreciados.

Comove-se,
Com a imensidão do Mundo
Ainda não des-velada.

Sente,
Todas a emoções,
Ainda não experimentadas.

Penetra,
Em todos os espíritos,
Ainda não percepcionados.

Abarca,
Todas as sensações,
Ainda não vivenciadas.

Diviniza,
O êxtase da criação,
Ainda não des-florado.

Espanta-se,
Com a beleza dos orbes celestes,
Ainda não avistada.

Exalta-se,
Com a escassa felicidade dos Homens,
Ainda não consumada.

Glorifica-se,
Com os segredos da Vida e da Morte,
Ainda não des-mitificados.

Apaixona-se,
Pela face oculta do mistério,
Ainda não re-velada.

Prende-se,
Nos atalhos labirínticos de todas as incógnitas,
Ainda não manifestados.

Isabel Rosete

1 comentário:

Anónimo disse...

Saudações filosóficas!!! Há quanto tempo não conversamos, mas o silêncio que existe em nós, habita a verdadeira palavra. Li os teus poemas filosóficos, Muito Bons, É evidente que pertences aos Pastores da linguagem, por isso, cuidas bem da palavra e todos os silêncios que escutamos entre os teus versos. Um ABRAÇO Amigo Carlos.