quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Um Heidegger

Expressões silentes,
Sobranceiras,
Marcadas por um misto
De espanto
E de inquietação.

Olhos que fitam o infinito
Perante a imensidão
Dos caminhos do campo,
Ainda longe das mãos,
Destruidoras,
Dos Homens sem Razão.

Expressões carregadas
De solidão,
Face à desertificação da Terra,
Que sempre nos lança
O seu des-esperado grito de alerta.

Pés que pisam o chão,
Como uma bênção,
Enquanto a serena musicalidade atmosférica
Invade um espírito expectante,
Que o Ser sempre escuta…

Isabel Rosete

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