quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Caminho pelas areias infindas
Das praias abandonadas.
Nada se ouve!
Nada se sente!

O luar
Incandesce os meus olhos,
Míopes,
Perante a imensidão da linha do horizonte,
Que não vislumbro mais.

A minha alma esvade-se
Na solidão das marés,
Que vão-e-vêm,
Ora cheias,
Ora vazias.

Nunca se fixam,
Nunca deixam os mesmos rastos,
Nunca permanecem
No mesmo lugar.

Trazem um tempo outro,
Anunciam outras àguas,
Outras vidas,
En-cobertas
No trubilhão das ondas,
Inquietas,
No seu incessante peregrinar.

Isabel Rosete

4 comentários:

Nehashim disse...

Um bem-haja, Isabel.

No fim, todas as respostas serão encontradas.

Anónimo disse...

Talento ... é uma palavra forte, que não se vê mas que se sente quando lemos poemas destes ... assim ... eu também estive nessa praia ... por momentos.
Parabens.

Kika
(kika.pati@sapo.pt)

Amália LOPES disse...

Olá

Andei por aqui neste cantinho de palavras feito poemas.
Gostei !!!!!!mas ainda não li tudo.
deixo o meu sorriso e as palavras.
Amália Lopes

manuel martins disse...

lindo Isabel, não te imaginava com tanto talento para a poesia... bjs