quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Mãos macias são as tuas, meu Amor,
Deslizando pelos contornos do meu
Corpo débil, frágil, encolhido…
No majestoso calor que elas emanam em mim.

Sobem e descem, as tuas mãos, meu Amor,
Dentro e fora de mim,
Em movimentos ora singelos e leves,
Ora intensos e extasiantes.

Arrepiam-me até aos confins
De todos os meus poros,
Até ao mais íntimo da minha alma
Acalentada pelo teu cheiro, ímpar,
Que em mim penetra e fica
Como um fóssil
Por todo o meu corpo estendido.

Emaranho-me nas tuas mãos, meu Amor,
Como num lençol de cetim vermelho,
Fresco, escorregadio… raiando de sensualidade
Por onde os nossos corpos deslizam,
Suados e consolados, pelo prazer do Amor.

Assim te quero, assim te desejo, meu Amor,
Por entre as tuas mãos que o meu corpo conhecem
Nos mais finos detalhes, até nos mais encobertos.
Nunca deixarei de te amar, meu Amor,
Mesmo que as tuas mãos pereçam
E nunca mais me toquem.

IR





2 comentários:

Tentativas Poemáticas disse...

Olá Poetisa
Andei a "passear" pelas suas páginas do Facebook e descobri uma grande senhora e poetisa.
Não consigo aceder, de momento, ao Facebook para pedir que me adicione como amigo.
Aqui na blogosfera não tropecei em nenhum comentário e entristeci-me com o desconhecimento (?) que as pessoas têm da sua bela obra. Ou, então, será a sua autota que dá aos comentários tolerância zero?
Gostei de a ler. Reparei que este último e majestoso poema erótico está repetido.
Tenho os meus blogues suspensos mas não resisti a um encontro consigo, aqui!
Deixo-lhe um abraço com ternura.
António

Isabel Rosete disse...

Craro António,
Os comentários dos meus leitores são absolutamente preciosos (sem demagogia). Só com eles posso continuar a crescer. Por isso, peço, directamente, a todos que me comentem.Faço-o, inclusivamente,quando publicito o meu livro "Vozes do Pensamento" e respectivo blogue (http://isabelrosetevozesblogspot.com. Publico, sempre, todos os comentários postados neste e em todos os meus blogues e nas minhas páginas do Facebook, entre outros espeços da net. Quem me dera que todos me comentassem, sejam os comentários de que natureza for.
Agradeço,particularmente,o seu elogioso comentário, como que muito me honra. Lamento imenso esse desconhecimento de que fala, apesar da sistemática divulgação que faço da minha escrita.
Sabe como é:a poesia, ou pensamentos do género, não abrangem o gosto da grande maioria das pessoas,lamentavelmente. Um dia,foram "traumatizados" pela imposição incompreendida de um poema qualquer não devidamente analisado e explicado. Então, a Poesia tornou-se uma "coisa chata que não se comprende". Mais um preconceito educacional, como sabe.
Terei muito gosto em que divulgue a minha escrita por todos os espaços possíveis e que a continue a comentar.
Continuo a contar com a sua participação e colaboração.
Até sempre...
Um grande abraço poético,
IR