Li a tua carta de ontem
Ao rair da madrugada luminosa.
Não inalei o teu cheiro,
Não ouvi a tua voz,
Não saboreei o teu paladar.
Por isso, não te senti.
Estavas longe, muito longe...
Demasiado longe... Tão longe...
Para chegares até mim.
As tuas mãos já não me tocam,
Os teus olhos já não me enxergam,
A tua alma já não me anima
E o teu corpo já não penetra o meu.
Permanecemos na distancia próxima
Da nostalgia que, ainda, nos abala.
A memória repleta de recordações
De nós, outrora, fundidos numa mesma
Matéria e num mesmo Espírito.
IR, 19/06/2010
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