Nada me resta
A não ser suportar
Este sofrimento
Que me persegue
De forma continuada
Amarrada me mantém
À ideia da efemeridade da Vida
Sentida no seio da incompletude do Nada
O passado
Assoma
Num espaço longínquo
Como se de outra vida
Falasse…
Não me inquieta
Mostra-me um outro Eu
Deixado num tempo
Que já não é
E que não voltará a ser mais
Esfuma-se
Presentifica-se
Oculta-se
Revela-se
Em instantes
Diversos
De comunhão
E de evasão
Aponta para um estado outro
Para um futuro
Que não o repetirá jamais
Isabel Rosete
0//8/03/08
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