Caminho pelas areias infindas
Das praias abandonadas.
Nada se ouve!
Nada se sente!
O luar
Incandesce os meus olhos,
Míopes,
Perante a imensidão da linha do horizonte,
Que não vislumbro mais.
A minha alma esvade-se
Na solidão das marés,
Que vão-e-vêm,
Ora cheias,
Ora vazias.
Nunca se fixam,
Nunca deixam os mesmos rastos,
Nunca permanecem
No mesmo lugar.
Trazem um tempo outro,
Anunciam outras àguas,
Outras vidas,
En-cobertas
No trubilhão das ondas,
Inquietas,
No seu incessante peregrinar.
Isabel Rosete
4 comentários:
Um bem-haja, Isabel.
No fim, todas as respostas serão encontradas.
Talento ... é uma palavra forte, que não se vê mas que se sente quando lemos poemas destes ... assim ... eu também estive nessa praia ... por momentos.
Parabens.
Kika
(kika.pati@sapo.pt)
Olá
Andei por aqui neste cantinho de palavras feito poemas.
Gostei !!!!!!mas ainda não li tudo.
deixo o meu sorriso e as palavras.
Amália Lopes
lindo Isabel, não te imaginava com tanto talento para a poesia... bjs
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