O ser humano perdeu-se de si próprio
Do Mundo e dos Homens…
Vive a ambição desenfreada
De um novo progresso…
Percorre todas as vias
Todos os caminhos
E chega ao Nada…
Só olha
Não vê…
Só ouve
Não escuta mais…
Vagueia por montes e vales
Sem destino determinado
À procura de uma qualquer coisa
Perdida
Outrora
Num espaço misterioso e indecifrável…
Não sabe mais de si
Nem do Mundo…
O Universo escapa-lhe
Tal como os intermináveis céus
Em noites de Lua cheia…
Chama o Tudo
Só o Tudo lhe satisfaz…
Não tem medida
Não tem freios
Não tem governo…
Move e remove todos os espaços
Num eterno círculo
Sem identidade…
Que Humanidade é esta
Que a si mesma se odeia
Se destrói
E se atropela?
Quanta violência
Que com o pensar crítico se confunde
Que da racionalidade se afasta
Que a livre expressão oprime…
Praguejam
Os Homens
Em nome da demagogia
Das falsas promessas
Sempre camufladas
Sempre adiadas…
Hipocrisia: é a palavra-chave
Desta gente des-vairada
Corrompida
Esmagada
Completamente destroçada…
Isabel Rosete
02/09/07
23/01/08
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