sexta-feira, 25 de julho de 2008

Respiro o desejo libidinal
De um intenso querer.

Inspiro o prazer ansiado,
Desejado
Que me desassossega.

Na minha alma
Penetra
Vulnerável vidro,

Disposto a quebrar
Em mil pedaços,

Espalhados
No chão,
Dispersos,

Por todos os lugares
Lançados,

Soltos,
Sem ordem,

Sem ligação,
Nem relação possível.

A amargura
Instale-se no meu peito
Por esse outro que não vem.

Está aí
Mas, não aqui.

Paira no meu pensamento,
Consome-me visceralmente,
Deixa-me só.

Isabel Rosete
25/09/07

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