Respiro o desejo libidinal
De um intenso querer.
Inspiro o prazer ansiado,
Desejado
Que me desassossega.
Na minha alma
Penetra
Vulnerável vidro,
Disposto a quebrar
Em mil pedaços,
Espalhados
No chão,
Dispersos,
Por todos os lugares
Lançados,
Soltos,
Sem ordem,
Sem ligação,
Nem relação possível.
A amargura
Instale-se no meu peito
Por esse outro que não vem.
Está aí
Mas, não aqui.
Paira no meu pensamento,
Consome-me visceralmente,
Deixa-me só.
Isabel Rosete
25/09/07
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