Não merecemos
As maravilhas da Criação.
Somos restos
De um Paraíso Perdido,
Sem glória.
Somos as mais efémeras criaturas
De um Mundo,
Que o sangue chora.
Movemos
Céus,
Terras
E mares.
Lançámos
As malhas de todas as redes,
E a dignidade não conquistámos.
O sabor da vitória dos homens
É mesclado
Com o sangue dos inocentes.
Para paragens incógnitas,
Foram atirados,
Jogados,
Lançados,
Sem solenidade.
Em espaços estilhaçados,
Foram depositados,
Sem identidade,
Sem nome,
Sem nada.
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