quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Não merecemos
As maravilhas da Criação.

Somos restos
De um Paraíso Perdido,
Sem glória.

Somos as mais efémeras criaturas
De um Mundo,
Que o sangue chora.

Movemos
Céus,
Terras
E mares.

Lançámos
As malhas de todas as redes,
E a dignidade não conquistámos.

O sabor da vitória dos homens
É mesclado
Com o sangue dos inocentes.

Para paragens incógnitas,
Foram atirados,
Jogados,
Lançados,
Sem solenidade.

Em espaços estilhaçados,
Foram depositados,
Sem identidade,
Sem nome,
Sem nada.

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