quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Os meus amores vão e vêem,
Tão firmes e tão efémeros,
Tão nostálgicos e tão saudosos!

São eternos instantes de prazer,
Guardados pela memória que os presentifica,
Em todos os momentos de solidão.

São pedaços de mim,
Estilhaçam-me o peito,
Inquietam-me o corpo e a Alma.

São revoltosos,
Transpiram um desassossego megalómano,
Transluzem a impaciência em efervescência.

Os meus amores são ansiedade em estado líquido,
Exausto devir de adrenalina pura,
Correntes sanguíneas em excitação.

Estares explosivos,
Impulsivos,
Gritantes…

Não compactuam com as regras impostas,
Ultrapassam todos os limites,
O convencionalmente estabelecido,
Os freios hipócritas da moral instituída.

Os meus Amores são Excesso,
Hipérbole,
Des-medida,
Deflagração perene do sentir.

Não se contêm mais dentro de mim.
Vagueiam pelo espaço libidinal
De um Universo ilimitado,
Sem princípio nem fim.

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